A música é como uma medicina para o corpo e a mente.
Assim como a medicina ajuda a curar o corpo, a música auxilia a curar a mente e melhorar a saúde geral.
Mas afinal…
O que é Musicoterapia?
Primeiramente, podemos definir a musicoterapia como uma junção entre a música, a arte e a saúde.
Estas vertentes, quando combinadas, se tornam uma poderosa ferramenta para promover a comunicação, expressão e aprendizado em crianças, adolescentes e adultos.
Sendo assim, segundo a Federação Mundial de Musicoterapia,
“ A musicoterapia objetiva pode desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
Entretanto, como essa ferramenta funciona e quais são os seus benefícios?
Vem comigo conferir mais sobre o assunto!
Como a música age no cérebro?
De fato, ouvir música pode estimular diversas áreas do cérebro e trazer efeitos em todo o corpo!
Nesse sentido, dependendo da música, nos sentimos mais felizes, relaxados, animados, e ainda conseguimos reviver momentos ou relembrar com carinho de pessoas queridas.
Sendo assim, a música gera vários estímulos no cérebro!
Confira os principais deles:
- Em primeiro lugar, ouvir música faz com que o cérebro libere dopamina, nos dando a sensação de prazer e recompensa.
- Segundamente, a música altera a frequência cardíaca e a respiração.
- Em terceiro, a música ajuda a substituir estímulos negativos por algo agradável e encorajador.
- Além do mais, ela auxilia em transtornos e padrões depressivos, que são alterados pela música.
- A música também acalma e conforta a mente.
- Por um lado, ritmos rápidos podem estimular ondas cerebrais e auxiliar no estado de concentração e alerta. Por outro, ritmos lentos incentivam ondas cerebrais associadas a estados meditativos.
Como a sessão de musicoterapia funciona?
Em síntese, musicoterapia é uma prática terapêutica que promove a comunicação, a expressão e o aprendizado por meio dos sons e da música.
Sob o mesmo ponto de vista, as sessões, que acontecem de maneira individual ou em grupo, podem ser divididas em ativas e receptivas, conforme o objetivo a ser alcançado e as particularidades de cada paciente.
Vem comigo entender um pouco melhor desses conceitos:
- Musicoterapia ativa: Esta técnica é caracterizada pela criatividade e participação. O profissional e o paciente praticam a música ativamente por meio de cantos, composições, improvisações ou tocando um instrumento.
- Musicoterapia receptiva: Esta técnica é caracterizada pela interpretação das músicas e sons. O paciente é convidado a expressar seus sentimentos e pensamentos através de ações, representações ou movimentos, como a dança.
Acima disso, as técnicas da musicoterapia ativa e reativa podem ser combinadas e utilizadas juntas, ou também em intervalos (uma técnica por sessão), criando resultados complementares.
Nesse vídeo eu compartilho com você uma experiência surpreendente com um dos meus pacientes!
Perceba como nessa proposta, obtive um resultado excelente de respostas através da musicalização.
Depois de falarmos sobre o que é a musicoterapia e como aplicá-la, vamos ver algumas vantagens dessa aplicação?
Quais são os benefícios da musicoterapia?
Primeiramente, é importante ressaltar a relação direta da música com os nossos pensamentos e sentimentos.
De fato, ao ouvir uma música, nosso cérebro ativa a mesma parte ativada quando conversamos com alguém e somos compreendidos, ou quando obtemos conforto mental.
É por esse motivo que a prática oferece tantos benefícios para a saúde mental, tanto dos adultos quanto dos pequenos.
Isto é, quando criamos conexões positivas com sons ou canções, sentimos algo muito próximo do que sentiríamos ao se relacionar com um amigo ou alguém de confiança.
A relação criada entre paciente e terapeuta melhora a habilidade de auto expressão ao longo do tratamento, além de trazer muitas outras vantagens para a saúde mental.
A musicoterapia traz redução da ansiedade, melhora distúrbios do comportamento, aumenta a expressão corporal e acelera a produção de endorfina.
Mas essas reações não se limitam à massa cinzenta!
Dessa forma, experimentos pelo mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o corpo, como:
- Estresse: tons calmos e alegres aliviam a tensão do dia a dia e aplacam o nervosismo acumulado.
- Hipertensão: o coração tende a acompanhar as batidas da música. Se o ritmo for mais lento, a tendência é a pressão cair.
- Parkinson: percussões bem demarcadas ajudam no tremor e na marcha. A musicoterapia é uma boa pedida aqui!
- Autismo: brincar com instrumentos é uma forma de interagir com os outros e estabelecer laços sociais fortes.
- AVC: as letras e composições são uma tática para recordar palavras perdidas após um derrame.
- Dor: experimentos viram que a quantidade de analgésicos usados após a cirurgia era menor em quem escutava música.
- Aprendizado: canções e paródias são um recurso usado por professores para ajudar os alunos a memorizar certos conteúdos.